domingo, 20 de fevereiro de 2011

Os donos da praia

Para aproveitar bem a manhã de verão, minha amiga e eu chegamos antes das 9 horas na praia quase deserta, ainda.

Escolhemos um lugar deserto e colocamos as cadeiras.
Tudo corria bem, dentro da normalidade que se pode ter à beira da praia: vendedores incansáveis oferecendo roupas, óculos, etc, etc, etc ... , bolas de futebol assustando os pacatos apreciadores do sol, bolinhas de frescobol teimando em ir parar bem embaixo da cadeira, crianças passando correndo, na ida, jogando areia por todos os lados, na volta, respingando a água gelada em quem estava no caminho. Tudo bem, é verão, alegria !
Mas quando a praia começou a lotar e chegou um grupo, a coisa mudou. Pois os casais escolheram armar o acampamento -familiar -praiano muuuuito perto das nossas cadeiras.
Abriram uma 8 cadeiras de praia que nos cercaram e nos envolveram , literalmente.
Parecíamos o ovo podre da brincadeira infantil. Mas isso não era o bastante pois tinha os 3 guarda-sóis ... que foram abertos bem juntinho da minha cadeira, fazendo uma sombrinha para mim, que queria somente sol.
Eu até pensei que era uma cortesia do quiosque, oferecendo o que não havia pedido. Não, era o apetrecho do educado grupo que chegara como se fosse o dono da praia, invadindo espaços e individualidades.

E as conversas rolavam em alto volume ao nosso redor, as brincadeiras com areia das crianças coladas aos nossos pés, sem falar em, quando dois ou três do grupo paravam bem à nossa frente, deixando-nos somente a alternativa de olhar para seus deslumbrantes bumbuns.

Enfim, sufocados, nos demos por vencidos e tivemos que abrir mão do lugar que havíamos escolhido. Pegamos nossas singelas duas cadeiras e fomos procurar outra praia, ou melhor, outro lugar na praia ...

Como é que pode !!!

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