Medo de quem?

Essa é mais uma história que me fez pensar.

Na sala de espera do consultório médico, uma jovem mãe e seu filhinho, com pouco mais de um ano. Naquela fase que caminha um pouco e logo precisa se segurar em alguma coisa ou em alguém. E como toda a criança nessa idade, cheia de curiosidades e coisas para descobrir.

Andava de um lado para outro, explorando o lugar, até que viu o balcão da recepcionista e foi direto para mexer nas dezenas de coisas que avistou no interior da mesa.

A mãe, creio que, por inexperiência na função de educadora, ou por ingenuidade, mesmo, foi logo avisando em alto e claro som:

- Não vai aí que a titia é muito brava ...

A recepcionista, sem entender o que tinha feito para merecer aquela avaliação, olhou muito sem jeito para todos na sala.

Fiquei pensando que pode parecer muito mais fácil e cômodo atribuir a autoridade a outras pessoas e ficarmos por bonzinhos.

É comum ouvir os pais dizendo aos filhos:

- Se desobedeceres, a polícia vem te prender !

- Se teimares, o papai do céu vai castigar !

- Se não comeres, a bruxa vem te pegar !

Com a autoridade tão distande, será que esse futuro jovem respeitará as leis ?