quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Tenho pernas?



Fico olhando os restos de coco  deixados na arei da praia. 

Será que foram deixados ali para que criassem pernas e fossem correndo para o lixo?

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Penhor

 
 
 
Se você recebeu um presente que não gostou não dê para outra pessoa. Já não funcionou uma vez.
 
É ser camelô do afeto, contrabandista da amizade, traficante da própria casa.
 
Por que você acredita que alguém vai gostar de algo que você não gostou?  Ou você acredita que o outro tem mau gosto?
 
Acertei? Você tem bom gosto e dá para quem tem mau gosto? Está chamando o presenteado de cafona? Está ofendendo o presenteado?
 
E ainda lança aquela frase hipócrita: “Pensei em ti, pensei que é tua cara”.
 
Nossa, reembrulhar um presente traz azar, tem energia negativa, todo mundo nota o embrulho solto e o durex sem cola.
 
Não se pode remanejar presente. Reutilizar. Não favorece o carma. É muita avareza entregar algo de segunda mão. É para economizar duas vezes (poupar tempo e poupar dinheiro).
 
Presente não é obrigação. Presente não é se livrar da tarefa. Não é disque-entulhos.
 
Melhor esquecer a data do que passar adiante algo rejeitado.
 
Oferecer jóia da ex-mulher para a nova namorada, por exemplo, é de última categoria.
 
Você não é uma casa de penhor, querido.
 
Pior que isso é só reciclar camisinha.
 
Fabricio Carpinejar
 
Comentário na manhã de terça-feira (26/2) na Rádio Gaúcha, programa Gaúcha Hoje, apresentado por Antonio Carlos Macedo e Daniel Scola:

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Menos teoria, mais ação.

                                                Imagem: internet

Estava  na praia hoje e vi um grupo uniformizado com camisetas e bermudas distribuindo panfletos sobre a limpeza da praia e a importância de preservar o meio ambiente e tuda aquela cartilha que todo mundo sabe.
As pessoas pegavam os panfletos, olhavam e guardavam: dentro do livro, na bolsa ou embaixo do chinelo ou em outro lugar.

Até achei normal, mas então olhei para os lados. A areia estava cheia dos restos das oferendas para  Iemanjá da noite de ontem. Eram flores, pedaços dos barquinhos, velas, velas derretidas, pentes e muitas outras coisas.

Foi aí que tive uma ideia: por que a ONG que estava distribuindo os panfletos não fazia alguma coisa mais concreta, como reunir uma equipe e ajudar a limpar a praia?

Vamos sair do blá-blá-blá e agir?