sexta-feira, 22 de junho de 2012

Tudo o que vicia

Por alguma razão que ainda desconheço, minha mente foi tomada por uma ideia um tanto sinistra: vícios.
 
Refleti sobre todos os vícios que corrompem a humanidade. Pensei, pensei e,de repente, um insight: tudo que vicia começa com a letra C!
 
De drogas leves a pesadas, bebidas, comidas ou diversões, percebi que todo vício curiosamente iniciava com cê.
 
Inicialmente, lembrei do cigarro que causa mais dependência que muita droga pesada. Cigarro vicia e começa com a letra c. Depois, lembrei das drogas pesadas: cocaína, crack e maconha. Vale lembrar que maconha é apenas o apelido da cannabis sativa que também começa com cê.
 
Entre as bebidas super populares há a cachaça, a cerveja e o café. Os gaúchos até abrem mão do vício matinal do café mas não deixam de tomar seu chimarrão que também – adivinha – começa com a letra c.
 
 
Refletindo sobre este padrão, cheguei à resposta da questão que por anos atormentou minha vida: por que a Coca-Cola vicia e a Pepsi não? Tendo fórmulas e sabores praticamente idênticos, deveria haver alguma explicação para este fenômeno. Naquele dia, meu insight finalmente revelara a resposta. É que a Coca tem dois cês no nome enquanto a Pepsi não tem nenhum.
 
Impressionante, hein?
 
E o  computador e o  chocolate?   Estes dispensam comentários.  Os vícios alimentares conhecemos aos montes, principalmente daqueles alimentos carregados com sal e açúcar. Sal é cloreto de sódio. E o açúcar que vicia é aquele extraído da cana.
 
Algumas músicas também causam dependência. Recentemente, testemunhei a popularização de uma droga musical chamada “créeeeeeu”. Ficou todo o mundo viciadinho, principalmente quando o ritmo atingia a velocidade… cinco.
 
Nesta altura, você pode estar pensando: sexo vicia e não começa com a letra C. Pois você está redondamente enganado. Sexo não tem esta qualidade porque denota simplesmente a conformação orgânica que permite distinguir o homem da mulher. O que vicia é o “ato sexual”, e este é denominado coito.
 
Pois é. Coincidências ou não, tudo que vicia começa com cê. Mas atenção: nem tudo que começa com cê vicia. Se fosse assim, estaríamos salvos pois a humanidade seria viciada em Cultura.
 
Luiz Fernando Veríssimo 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Ah, o amor ...


O amor não ilumina o seu caminho. O nome disso é poste.

O amor não é aquilo que supera barreiras. O nome disso é gol de falta.
O amor não faz coisas que até Deus duvida. O nome disso é Lady Gaga.
O amor não traça o seu destino. O nome disso é GPS.
O amor não te dá forças para superar os obstáculos. O nome disso é tração nas quatro rodas.
O amor não mostra o que realmente existe dentro de você. O nome disso é Endoscopia.
O amor não atrai os opostos. O nome disse é imã.

O amor não é aquilo que surge do nada e em pouco tempo está mandando em você.
Isso é Dilma Rousseff.
O amor não é aquilo que te deixa sem fôlego. O nome disso é asma.
O amor não é aquilo que te faz perder o foco. O nome disso é miopia.
O amor não é aquilo que te deixa maluco, te fazendo provar várias posições na cama. Isso é insônia.
O amor não faz os feios ficarem pessoas maravilhosas. O nome disso é dinheiro.
O amor não é o que o homem faz na cama e leva a mulher à loucura. O nome disso é esquecer a toalha molhada.
O amor não é aquilo que toca as pessoas lá no fundo. O nome disso é exame de próstata.
O amor não faz a gente enlouquecer, não faz a gente dizer coisas pra depois se arrepender: o nome disso é vodka.

O amor não te dá água na boca. O nome disso é bebedouro.
Amor não é aquilo que, quando chega, você reza para que nunca tenha fim. Isso é férias.
O amor não é aquilo que te alegra mas depois te decepciona. Isso é pote de sorvete.
O amor não é aquilo que entra na sua vida e muda tudo de lugar. O nome disso é empregada nova.
O amor não é aquilo que te deixa bobo, rindo à toa. O nome disso é maconha.
O amor não é aquilo que gruda em você e quando vai embora arranca lágrimas.
O nome disso é cera quente.
 
Fonte: internet


terça-feira, 5 de junho de 2012

Gerando polêmica

CALE-SE, XUXA! 
 Heloisa Lima

QUANDO O SILÊNCIO É A MELHOR ALTERNATIVA


    Não vi a comentada entrevista da tal xuxa no Fantástico deste domingo, dia 20/05. Mas não pude ignorá-la por muito tempo, pois a primeira notícia que recebi nesta manhã, logo cedo, foi: "- Cê viu que a xuxa foi abusada na infância?"

    Fora o surrealismo da revelação, ocorreu-me que aquela, certamente, não era a notícia que desejava ouvir logo no início da semana. Afinal, como uma mulher de 50 anos, aparentemente esclarecida, só agora, passado todo esse tempo, resolve falar sobre algo tão grave? E por que me irritou tanto esta informação? Parei para refletir sobre o motivo deste sentimento e, confesso, não foi difícil descobrir.

    Esta senhora, lá pelos seus primórdios, vivia no mesmo condomínio do meu irmão, no Grajaú, Rio de Janeiro. Lembro-me das minhas sobrinhas, ensandecidas, indo buscar as grotescas sandalinhas cheias de brilhos no apartamento dela, na esperança de encontrar o Pelé que, vira e mexe, dava as caras por lá.

    Desde os seus 20 e poucos anos de idade, ela comanda programas infantis cuja tônica é erotizar precocemente as crianças, transformando meninas em arremedos de mulheres sem se preocupar com sua vulgarização.

    Os programas que comandou sempre tiveram como mote atropelar o desenvolvimento infantil em sua exuberância repleta de etapas simbólicas.
Pasteurizou os encantos desta fase empenhando-se em exaltar a diferença entre possuir e não possuir os produtos que anunciava ou que levavam sua grife tais como sandálias, roupas, maiôs, lingeries, xampus, bonecas, chicletes, cosméticos, álbum de figurinhas, cadernos, agendas, computadores, sopas, iogurtes, etc., num universo insano onde ela, eternamente fantasiada de insinuante ninfeta, faz biquinho e comanda a miúda plebe ignara.

    Cientes estamos todos de que esta senhora, durante muitos e muitos anos, defendeu zelosamente seu polpudo patrimônio utilizando-se da fachada de menina meio abobada que sequer sabia quantos milhões possuía. Costumava dizer que era a sua empresária que administrava suas posses cujo montante alegava, candidamente, desconhecer. Pobre menina rica. E burra, com certeza. Como se fosse possível alguém tão tapada tornar-se tão rica.

    Talvez para esconder a consciência que tinha acerca do quanto ajudou a devastar a inocência de tantas gerações de meninas que lhe devotavam a mais pura idolatria, posou de inocente útil usando a mesma máscara que agora reedita para falar, emocionada, do seu mais novo pretenso drama/marketing.

    Esqueceu-se que sua audiência, formada, na sua massacrante maioria, por meninas, passou a ser considerada como alvo da desumana propaganda colocando-as como mero veículo de consumo.

    Esqueceu-se, convenientemente, de comentar que milhares de garotas pelo Brasil afora foram abusadas sexualmente ao mesmo tempo em que eram, por ela, adestradas a vestirem-se e comportarem-se como verdadeiras lolitas.

    Esqueceu-se de que ensinou atitudes claramente ambivalentes para crianças que não faziam a mais pálida ideia do que podiam mobilizar em mentes doentias.

    Esqueceu-se de que a erotização tem sido ligada a três dos maiores problemas de saúde mental de adolescentes e mulheres adultas: desordens alimentares, baixa autoestima e depressão.

    Esqueceu-se também que as crianças, diariamente bombardeadas com imagens de paquitas como modelos de uma beleza simplesmente inalcançável enquanto corpos reais, torturavam-se perseguindo um modo de serem belas, perfeitas, saudáveis e eternas.

    Estimulando a sexualidade de forma tão precoce, essas meninas perderam grande e preciosa fase do seu desenvolvimento natural. E reduzir o período da inocência, certamente, acarretou-lhes desdobramentos nefastos.

    Daí para ideia, cada vez mais presente, da infância como objeto a ser apreciado, desejado, exaltado, numa espécie de pedofilização generalizada na sociedade foi, apenas, um pequeno passo.

    Num país onde as mães deixam suas crias, por absoluta falta de opção, frente à tevê sem qualquer tipo de controle e sem condições para discutir o conteúdo apresentado, encontrou esta senhora terreno mais que propício para disseminar sua perversa e desmedida ganância por audiência e dinheiro.

    Fosse ela uma pessoa minimamente preocupada com a direção que a sexualidade exacerbada e fora de contexto toma, neste país onde mulheres são cotidianamente massacradas, teria falado sobre este suposto drama muito tempo atrás. Teria tido muito mais cuidado com os exemplos de exposição que passava. Teria norteado seu trabalho dentro de parâmetros muito mais educativos e, desta forma, contribuído para que milhares de meninas fossem verdadeiramente cuidadas e respeitadas.

    Ou teria simplesmente virado as costas e ido embora.

    Logo, frente ao seu histórico, não tem mesmo nenhuma autoridade para sustentar qualquer atitude fundamentada em belos e necessários méritos.

    Porque são de grandes valores, bons princípios e atitude exemplares que nossa sociedade necessita de maneira URGENTE.

    Portanto, CALE-SE, XUXA!

  
    Heloisa Lima

    Psicóloga Clínica

E você, o que pensa sobre isso ?